EXPOSIÇÃO

Recalibragem

Frame Colectivo

Inauguração: 16 janeiro, 18h30

“Recalibragem”, dispositivo visual comissionado originalmente para a exposição “Emancipação do Vivente”, nas Galerias Municipais de Lisboa, deriva de um conjunto de trabalhos de pesquisa urbana centrados na percepção sobre o território europeu. Frame Colectivo recolheu imagens sobre narrativas de supremacia eurocêntrica e nacionalista, filmando trajetos urbanos e rurais. A instalação, com curadoria do Museum for the Displaced, inclui dois vídeos e um mural de texto em letras de barro escrito por Jéssica Bruno. Compõe uma paisagem poética que materializa palavras, memória e responsabilidade coletiva na moldagem do futuro urbano e rural europeu. “Calibragem” nasce da urgência de formular alternativas na percepção de identidade, nas práticas urbanas. Estas imagens captadas sem lente, viradas ao contrário, obrigam a contemplar e completar a paisagem europeia, interferindo na imagem que nos é familiar.

Frame Colectivo é um atelier de arquitetura sediado em Lisboa, que explora a intersecção entre arquitetura, urbanismo e arte em colaborações interdisciplinares. Desde 2013 dedicam-se à pesquisa em espaços urbanos públicos e semi-públicos, onde implementam projetos coletivos contextualizados. Desenham intervenções com o intuito de questionar micropolíticas urbanas dominantes e promover a participação cidadã.

Patente até 28 de fevereiro, pode ser visitada de quarta a sexta-feira, das 10h às 18h, ou em horários alternativos mediante marcação.

Imagens:

Texto - Sónia Baptista

Créditos - Patrícia Black, cortesia Frame Colectivo

Organização: INSTITUTO, paulo moreira architectures, Frame Coletctivo 
Apoio: Direção-geral das Artes, Kulturfabrik

Estamos felizes por receber o arquiteto sul-africano Sechaba Maape no Porto. Durante a sua residência no INSTITUTO, Sechaba projeta o novo troféu do Arquiteturas Film Festival, em colaboração com a ArtWorks. Apresenta a sua prática e pesquisa em duas conferencias públicas:

Lisboa: Hangar, 17 Janeiro 2025, 18h30

Porto: INSTITUTO, 25 Janeiro 2025, 18h30

O foco das palestras é o projeto do novo troféu, moldado pelos princípios do hiperessencialismo – uma abordagem que exagera elementos culturais para criar obras ousadas e impactantes. O troféu serve tanto como um tributo quanto uma crítica a Pancho Guedes, um arquiteto modernista visionário cujo trabalho misturava elementos africanos com influências europeias. Este projeto reflete a complexa história da arquitetura africana, onde inspiração cultural e apropriação frequentemente coexistiram.

As conferências também exploram como criadores contemporâneos, como o arquiteto Peter Rich, que se inspira nas tradições vernaculares africanas, e o designer de moda Laduma Ngxokolo, que redefine a "africanidade" através do seu trabalho, ajudam a reimaginar a identidade na arte e no design atuais. Conectando esses exemplos o seu próprio trabalho, Sechaba discute como o hiperessencialismo pode resgatar a identidade africana no design, enquanto confronta os legados complexos da influência colonial.

Juntem-se a nós se estiverem no Porto ou em Lisboa!