Expedition’22
07 - 16.07.2022
Participantes:
Projeto RECONSTRUIR, Oitoo
Expedition é um ciclo anual de conversas que nos remete para as especificidades e sensibilidades de lugares concretos, embebidos em contextos próximos e longínquos, com convidados nacionais e internacionais das áreas da arquitectura, curadoria, paisagismo e urbanismo. O ciclo é inspirado na história do edifício onde se instala o INSTITUTO, mais concretamente na palavra ‘Expedição’ que consta na legenda da planta original de 1955.
A primeira sessão do Expedition’22 contou com os arquitetos Ricardo Oliveira | Associação Humanitária DOMUS | RSO Architecture, o arquiteto e Aws Obram | RSO Architecture | MEERU, e Pedro Amaro Santos | MEERU, que colaboram no desenvolvimento do Projeto RECONSTRUIR.
O projeto RECONSTRUIR visa mitigar de forma sustentável o problema social da carência habitacional de famílias refugiadas a viver em Portugal.
O RECONSTRUIR assenta em 3 eixos:
(1) Construção a preço reduzido - Construção e compra de uma habitação com condições dignas a um preço reduzido.
(2) Responsabilização da família - Cada família refugiada é parte da solução: participam na elaboração do projeto e colaboram como voluntários na construção da sua casa; adquirem a própria casa, através de um plano de pagamento ajustado aos rendimentos familiares. Através do empoderamento da família, pretende-se devolver-lhes o controlo sobre o seu projeto de vida construindo assim confiança no futuro.
(3) Relações de vizinhança - Promoção do envolvimento comunitário da Família na nova comunidade onde irá residir, através do programa de capacitação e de eventos de promoção do sentimento de vizinhança e de pertença na nova comunidade.
Na segunda sessão Expedition’22, o coletivo oitoo conduziu um passeio por três quartéis da cidade, refletindo sobre a permanência dos edifícios construídos e a transitoriedade das funções para os quais foram idealizados.
Em cada cidade existem edifícios que foram preconizados para servirem a um determinado uso e que ao longo dos anos foram perdendo utilidade.
O centro da reflexão foram os quartéis militares. Verdadeiros quarteirões com escala urbana que encerram espaço vazios de potencial vocação pública para além de muito espaço construído, potenciais incubadoras de processos positivos, assombrados, gigantes aparentemente sem solução e fardo para as instituições às quais pertencem.
Entre a espera sem fim, a degradação, o abandono e um destino final por vezes demasiado ambicioso, haverá outras maneiras de fazer?
Fotos:
INSTITUTO
Apoio:
Direção Geral das Artes / Ministério da Cultura, Ágora – Cultura e Desporto, E.M.