Este livro nasceu da intenção de especular sobre possíveis respostas a algumas perguntas: Como pode o campo disciplinar da arquitetura oferecer abordagens para a descolonização do presente? Que métodos podemos empregar para posicionar a arquitetura dentro do debate sobre descolonização? E, pensando numa pedagogia transformadora, como podemos reimaginar as instituições ligadas à arquitetura e os seus modos de atuação?
Os diálogos sobre a descolonização da arquitetura reunidos neste livro abordam o tema através de práticas e ações concretas. Entre as questões discutidas por arquitetos, artistas, críticos, autores e pensadores, destacam-se várias: o papel das diásporas na história, procurando reescrever narrativas emancipatórias sobre a relação entre colonizado e colonizador; as escalas de ação nas práticas espaciais; histórias pessoais; e reflexões pedagógicas.
Estas contribuições desafiam abertamente os legados coloniais, assim como as dificuldades e riscos inerentes a esse desafio. O objetivo é ampliar o campo da arquitetura como disciplina, mesmo quando não há certezas nem convergência de ideias quanto às suas ferramentas. O caminho não é linear, mas olhar “ao contrário” e romper com os discursos dominantes pode ser um ponto de partida potente.

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As Torres e os Bosques: Escombros da Cidade Fordista foca-se nos resquícios de uma cidade fordista. Jiôn Kiim tem vindo a realizar pesquisas fotográficas em ruínas industriais do Grande Porto em busca da temporalidade específica desse abandono, e da suspensão dos ritmos frenéticos contemporâneos. Este livro é o resultado de uma nova metodologia, onde Jion Kim abandonou o mapa que a costumava guiar e vagou pela cidade, seguindo as pistas que apareceram no céu. A artista encontrou justaposições curiosas de torres imponentes sobre fundos contrastantes. Chaminés industriais de tijolo, que são o que resta de muitas das antigas fábricas do séc. XIX/XX – descontextualizadas no meio de edifícios que entretanto surgiram; e os bosques que se formam nas ruínas baldias, em que a vegetação cresce de forma selvagem, e que são habitat param formas de vida particulares. O livro é concebido por Jiôn Kiim, coordenado por João Pedro Amorim, e inclui textos de ambos os autores.

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O Anuário’22 é parte da coleção que tem sido editada anualmente pelo INSTITUTO, reunindo os momentos mais marcantes do programa, com caráter de registo e reflexão, apresentando uma seleção de contributos de autores de diversas áreas. Este ano optamos por um formato digital de publicação de forma a ampliarmos o alcance e disponibilizarmos os conteúdos de forma gratuita a todos os interessados. Aceder ao Anuário’22 aqui.

Anuário’19 é o primeiro volume da série anual do INSTITUTO, que regista os eventos e atividades deste espaço cultural no Porto dedicado à arquitetura, às artes e à troca interdisciplinar. Em vez de apresentar conclusões definitivas, o livro acolhe ideias inacabadas e especulações coletivas, imaginando possibilidades para o futuro.
Estruturado em quatro capítulos, reúne práticas e perspetivas diversas. Discutir Cidades & Territórios reflete sobre dinâmicas urbanas e territoriais, tanto locais como globais, desde contextos informais até transformações costeiras. Partilhar Arquiteturas e Práticas Espaciais apresenta ateliers e autores emergentes de várias disciplinas, destacando projetos de pequena escala, experiências de viagem e visões especulativas. Enfrentar o Social & Político aborda questões urgentes como as alterações climáticas, a migração e a gentrificação, através de exposições e intervenções críticas. Por fim, Escapar da Instituição sublinha o caráter informal e independente do INSTITUTO, oferecendo uma plataforma a grupos académicos e coletivos para saírem dos contextos convencionais e explorarem abordagens colaborativas e experimentais.Tendo como pano de fundo um armazém reabilitado no centro histórico do Porto, este primeiro Yearbook documenta como o INSTITUTO se afirmou como ponto de encontro para a reflexão, a experimentação e a produção cultural além-fronteiras.

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"Só Fachada" é um projeto em parceria com Underdogs Gallery que surgiu da vontade de explorar as realidades contrastantes da cidade, propondo a transformação de um edifício semidevoluto numa galeria inversa, a céu-aberto e à varanda. Sob a curadoria da Underdogs, de Pauline Foessel e Alexandre Farto (VHILS), os artistas Kruella d'Enfer,±MAISMENOS± e Berru foram convidados a fazer residências artísticas e produzir intervenções temporárias na fachada do edifício. Culminou com o lançamento deste livro que documenta os processos de reflexão e o pensamento crítico que foram parte integrante da sua realização.

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O INSTITUTO é um projecto independente. Como entidade sem fins lucrativos, dependemos significativamente de apoios individuais e institucionais para continuar a desenvolver projectos e atividades culturais.

O Anuário’19 é um meio essencial para continuarmos a divulgar e promover a experimentação e a investigação entre a arquitectura, as artes e seus cruzamentos disciplinares.