(Des)Fazer Cidade: Subtração Como Prática Espacial

11.12.2021 – 15.01.2022

Coordenação: Paulo Moreira
Tutores: Paulo Moreira e Tiago Patatas

“(Des)Fazer Cidade: Subtração Como Prática Espacial” é uma oficina que parte de um princípio incomum à arquitetura e urbanismo correntes: subtração como modo de intervenção espacial. Ao invés da adição ou crescimento persistentes—lógicas indissociáveis do modelo urbano do séc. XX —, este projeto educativo mobiliza práticas que interrogam como diferentes formas de fazer cidade poderão oferecer opções mais justas social e ambientalmente. O projeto tem como caso de estudo o Viaduto de Gonçalo Cristóvão, localizado no Porto. Símbolo de um urbanismo dedicado ao automóvel, hoje afigura-se como uma infraestrutura desatualizada, criando desordem viária, e fragilizando o espaço público circundante. Partindo de um momento–chave na história do viaduto — o seu desabamento durante a construção, em 1961 —, o projeto explora o potencial da porosidade, remoção e inversão funcional.

A oficina iniciou-se com uma sessão de debate em torno do tema “subtração como modo de intervenção espacial” e do enquadramento do caso do Viaduto de Gonçalo Cristóvão. Prosseguiu com visitas ao local, para reflexão e recolha de material de trabalho. Nas sessões práticas, produziram-se imagens com recurso a técnicas diversas, como a fotogrametria, a composição fotográfica, a colagem manual e a produção 3D com vista à exploração de soluções de intervenção. 

Os especialistas internacionais n’UNDO e Ibyie Camp deram palestras que permitiram criar ferramentas práticas e teóricas de reflexão sobre modos de subtração, redução e reconstrução arquitetónicas, assim como sobre o uso e efeitos da tecnologia nas intervenções no espaço público e na paisagem. Após o desenvolvimento das propostas, sob a orientação de Paulo Moreira e Tiago Patatas, houve lugar a uma sessão crítica, onde os participantes expuseram maquetes, imagens e vídeos e receberam os comentários e orientação dos críticos convidados - a designer gráfica e investigadora Joana Pestana, o arquiteto e professor Pedro Bandeira, e o investigador Tiago Ascensão.

As diversas propostas e cenários de intervenção, realistas ou especulativos, foram posteriormente desenvolvidas pela equipa de Paulo Moreira architectures e apresentadas na exposição DESVIADUTO – Cenários para a Cidade do Século XXI, na Galeria Nuno Centeno, juntamente com peças de autores convidados.

Coordenação: Paulo Moreira
Tutores: Paulo Moreira, Tiago Antero
Palestras: Ibiye Camp e n’UNDO
Críticos: Joana Pestana, Pedro Bandeira, Tiago Ascensão

Apoios: DGArtes/Ministério da Cultura, Criatório, Ágora – Cultura e Desporto, E.M., Ordem dos Arquitetos Secção Regional Norte (OASRN).