A frescura trazida por projetos externos alimenta também a nossa vontade de iniciar e manter diálogos com parceiros locais e internacionais, como o projeto europeu VAHA, uma iniciativa da Anadolu Kültür e MitOst, financiada pela Stiftung Mercator e pelo European Cultural Foundation, cuja primeira fase integrou a edição anterior do Anuário, prolongou-se para a sua segunda fase durante o ano de 2022, com o projeto “ThisPlace – Stories of displaced people in Chernihiv, Diyarbakır, and Porto”. A terceira fase do programa, que implica a disseminação do projeto, estará em curso durante o ano de 2023.
O programa do INSTITUTO procura atingir diversos públicos locais, nacionais e internacionais, não só através das atividades que desenvolvemos, mas também através da presença em eventos e palestras para os quais somos convidados a participar. Este ano visitámos a Garagem Sul do CCB – Centro Cultural de Belém, em Lisboa; apresentámos o INSTITUTO e uma retrospetiva dos últimos 3 anos, na conferência internacional Archisummit; e em setembro fomos convidados para participar na primeira edição do Encontro de Práticas Espaciais Críticas, no âmbito do Cultura em Expansão, programa de promoção cultural e artística criado pela Câmara Municipal do Porto.
As residências artísticas continuam a ser um campo em expansão, por reconhecermos a sua importância enquanto espaço de pensamento, troca e disseminação de ideias. Ao longo de 2022, recebemos residentes vindos de diversos países e que atuam em áreas igualmente diversas, Ivan Hunga Garcia é designer de moda e preparou o seu desfile para a Moda Lisboa durante uma residência no INSTITUTO; a arquiteta de interiores e ativista Cassandra Lorca Machiavelli, que completou a sua residência ao abrigo do protocolo estabelecido com o IASPIS – Swedish Arts Grants Committee; durante o verão, acolhemos o coletivo angolano Verkron, ao abrigo do programa “InResidence”, que nos foi atribuído pela terceira vez pela Ágora – Cultura e Desporto, E.M.; e no último trimestre do ano, recebemos a artista eslovaca Rita Koszorus, seguida da escritora brasileira Lígia Grammont.
Chegados ao final de 2022, demos por nós a planear o futuro próximo. Por um lado, temos duas oficinas a decorrer na primeira metade de 2023 – “Construir um Arquivo” e “L.E.A.L – Laboratório Experimental de Ação Local” – ambas apoiadas pela DGArtes no âmbito dos Apoios Simplificados a Projetos. Por outro lado, o atraso na abertura das candidaturas aos apoios de programação da DGArtes tornaram o final deste ano de atividades um período particularmente intenso. Aguardamos o resultado destas candidaturas, a fim de estabilizar o programa cultural de 2023.
O Anuário’22 foi apoiado pela DGArtes / Ministério da Cultura.